30 julho 2009

Presidente da UNE responde aos ataques da mídia

O tratamento dispensado por parte da chamada grande mídia às organizações do movimento social no Brasil sempre foi o da desqualificação, criminalização e combate aberto. Com a UNE a situação não é diferente, mas houve, no último período, uma elevação no tom maldoso e até inescrupuloso com o qual esses veículos têm tratado a entidade que representa os estudantes universitários brasileiros.

A UNE acaba de sair do seu 51º Congresso, um dos mais importantes e o mais representativo da sua história. Mais de 2300 instituições de ensino superior elegeram representantes a este fórum, contabilizando as impressionantes marcas de 92% das instituições envolvidas, mais de 2 milhões de votos nas eleições de base e de 4 milhões e meio de universitários representados.

Nosso Congresso mobilizou estudantes de todo o país, que por cinco dias debateram o futuro do Brasil – a Popularização da Universidade, Reforma Política, Democratização da Mídia, Defesa do Pré-Sal, etc. Se a imprensa brasileira trabalhasse a favor da democracia, esses assuntos seriam manchete em todos os jornais, rádios e canais de televisão e a disposição da juventude em lutar por um país melhor seria divulgada.

No entanto, estes veículos nos dedicaram tratamento bem diferente nestas duas últimas semanas. Cumprindo com fidelidade o ensimanento de Goebbels – uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade – a mídia escandalosamente busca subterfúgios para atacar a UNE, taxando-a de governista, vendida, aparelhada e desvirtuada de seus objetivos. Com isso, tenta impor a todos os seus pontos de vista, sem qualquer mediação ou abertura para apresentar o outro lado da notícia.

Uma destas grosserias tem a ver com o recebimento de patrocínios de empresas públicas por parte da entidade. A UNE nunca recebeu recurso público para aplicá-lo no que bem entendesse. Recebe sim, e isto não se configura em nenhuma irregularidade, apoio para a construção de nossos encontros. Tampouco, estas parcerias comprometeram as posições políticas da entidade. Não nos impediu, por exemplo, de desenvolver uma ampla campanha – com cartazes, debates, passeatas e pronunciamentos – exigindo a demissão de Henrique Meirelles da presidência do Banco Central, que foi indicado por este mesmo governo. Não nos furtamos de apresentar nossas críticas ao MEC por sua conivência ao setor privado da educação, como no caso do boicote que convocamos ao ENADE por dois anos consecutivos.

Mas, onde estavam os jornais, as TV’s, rádios e revistas para noticiar essas manifestações? Reunimos, em julho de 2007, mais de 20 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios para pedir mudanças na política econômica do governo Lula e nenhuma nota foi publicada ou divulgada sobre isso.

Os mesmos jornais que se horrorizam com o fato de termos recebido recursos para reunir 10 mil estudantes de todo o Brasil não parecem incomodados em receberem, eles próprios, um montante considerável de verbas publicitárias do governo federal. Em 2008, as verbas públicas destinadas para as emissoras de televisão foram de R$ 641 milhões, já os jornais receberam quase R$ 135 milhões.

Ora, por qual razão os patrocínios recebidos pela UNE corrompem nossas ideias enquanto todo este recurso em nada arranha a independência destes veículos? A UNE desafia cada um deles: declarem que de hoje em diante não aceitam um centavo em dinheiro público e faremos o mesmo! De nossa parte temos a certeza que seguiremos nossa trajetória!

Com certeza não teremos resposta. Pois não é esta a questão principal. O que os incomoda e o que eles querem ocultar é a discussão sobre o futuro do Brasil e a opinião dos estudantes.

Não querem lembrar que durante a década de 90 os estudantes brasileiros – em jornadas ao lado das Centrais Sindicais, do MST e de outros movimentos sociais - saíram às ruas para denunciar as privatizações, o ataque ao direito dos trabalhadores e a ausência de políticas sociais. Que foram essas manifestações que impediram o governo Fernando Henrique Cardoso de privatizar as universidades públicas através da cobrança de mensalidades.

Não reconhecem que após a eleição do presidente Lula, a UNE manteve e ampliou suas reivindicações. Resultado delas, conquistamos a duplicação das vagas nas universidades públicas, o PROUNI e a inédita rubrica nacional para assistência estudantil, iniciando o enfrentamento ao modelo elitista de universidade predominante no Brasil. Insinuam que a UNE abriu mão de suas bandeiras históricas, mas esquecem que não há bandeira mais importante para a tradição da UNE do que a defesa de uma universidade que esteja a serviço do Brasil e da maioria do nosso povo!Não se conformam com a democracia, com o fato de termos um governo oriundo dos movimentos sociais e que, por esta trajetória, está aberto a ouvir as reivindicações da sociedade.

A UNE não mudou de postura, o que mudou foi o governo e o Brasil e é isso que os conservadores e a mídia que está a serviço desses setores não admitem. Insistem em dizer que a UNE nasceu para ser ‘do contra’. Rude mentira que em nada nos desviará de nossa missão!

Saibam que estamos preparados para mais editoriais, artigos, comentários e tendenciosas ‘notícias’. Contra suas pretenções de uma sociedade apática, acrítica e sem poder de contestar os rumos que querem impor ao nosso país, eles enfrentarão a iniciativa criativa e mobilizadora dos estudantes na defesa de um novo Brasil. Há de chegar o dia em que teremos uma comunicação mais justa e equilibrada. A UNE e sua nova diretoria está aqui, firme e a disposição do verdadeiro debate de rumos para o Brasil!

Augusto Chagas

Presidente da UNE

* Artigo originalmente publicado no site da revista Carta Capital

Veja as fotos e tudo que rolou no 51°Congresso da UNE

Galera do Movimento "DA UNIDADE VAI NASCER A NOVIDADE"


Debates lotados no 51°Congresso da UNE, estudante preocupados com o rumo do país.


Manifestação da UNE em defesa da petrobras e do pré-sal

Galera de Santa Catarina no 51°Congresso da UNE









UJS confirma vitória e elege Augusto para presidir a UNE e "aprofundar as mudanças"

Ao obter 72% dos votos e eleger, no último domingo, em Brasília, o presidente da UNE para o próximo biênio, a chapa "Aprofundar as Mudanças" alcançou um feito histórico para o movimento estudantil. Ao final da gestão de Augusto Chagas, em 2011, a União da Juventude Socialista terá completado 20 anos à frente da entidade.

O fato foi confirmado com os 2018 votos obtidos pela coalizão que baseou suas propostas na luta pela vitória das forças progresistas em 2010. O resultado foi suficiente para a conquista da maioria das diretorias da entidade na próxima gestão.

Militante da UJS e do movimento Da Unidade Vai Nascer a Novidade, o estudante da USP Augusto Chagas assume a entidade com desafios de pressionar pela aprovação da proposta de Reforma Universitária elaborada pela UNE, mobilizar a base da UNE para discutir e apoiar um projeto de desenvolvimento que contemple os anseios populares nas eleições presidenciais e fortalecer ainda mais a rede do movimento estudantil na luta pelos interesses dos estudantes.

A soma de forças que levou à vitória contou com os movimentos Da Unidade Vai Nascer a Novidade (UJS e independentes), Mutirão (Juventude Pátria Livre), Kizomba (Democracia Socialista), JSB, JS-PDT, JMDB e Mudança e conquistou 2018 votos, obtendo 13 dos 17 postos na executiva da entidade.Em segundo lugar ficou a chapa "Oposição de Esquerda", que congrega correntes ligadas ao PSol e ao Partido Comunista Revolucionário (PCR), com 410 votos e dois cargos na executiva. A terceira colocada reuniu, "MUDE", que reuniu as correntes petistas Construindo um Novo Brasil (CNB), Articulação de Esquerda e O Trabalho, conquistou o apoio de 354 delegados e obteve também dois postos.

Outras três chapas ainda forma inscritas e tiveram, juntas, 20 votos, enquanto foram cinco os nulos e dois os votos em branco.Em seu discurso de candidato, Augusto Chagas exaltou a coragem do movimento estudantil em não se dobrar perante as adversidades e enfrentar de maneira altiva às perseguições a que estão sujeitos os que dedicam esforços pela construçãode uma nação melhor. "Uma saudação àqueles e àquelas que acreditaram num novo país, que não se confundiram diante do momento político que vive o Brasil e que não se pautaram pela opinião das elites e seus meios de comunicação e que não se acovardaram diante das dificuldades e ousaram lutar por um mundo melhor", falou.

Vitória da militânciaAntes de entrarem no ginásio para a eleição da nova diretoria, delegados e delegadas do movimento "Da Unidade", o maior presente no Congresso, e militantes da UJS realizaram uma plenária que retratou o esforço dedicado durante a campanha e dedicou a esperada vitória ao desprendimento dos jovens socialistas que a construíram. Para Marcelo Gavião, presidente da UJS, "esse congresso tem a gota de suor de todos os militantes, que tanto trabalham para materializar as ideias e a política da UJS, aceitam ser deslocados de seus estados e, muitas vezes, passar dificuldades em lugares que não conhecem, mas o fazem com a certeza de que lutam por um Brasil melhor e mais justo para todos".

As mulheres no comandoOutro fator a ser destacado na bancada do movimento Da Unidade Vai Nascer a Novidade é o papel das mulheres. Elas são presidentes nas entidades estaduais de Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco, Pará e Amazonas e, neste Congresso, tinham sua principal representação em Lúcia Stumpf, presidente da UNE na gestão cessante.Lúcia, aliás, na plenária citada, foi efusivamente homenageada pelo seu desempenho à frente da UNE nos últimos dois anos.Congresso representativo e politizadoEste 51º Congresso entra para a história como o mais representativo da UNE: com 5250 delegados eleitos (3001 deles estiveram no Congresso, mesmo em período de férias), representou com suas eleições os alunos de 92% das instituições de ensino superior brasileiras.

A programação contou com o I Encontro de Estudantes do ProUNI e teve a presença do presidente Lula, única vez em que um primeiro mandatário da República participou do Congresso. Aconteceu também um grande ato político, que reuniu estudantes, sindicalistas e representantes de outros movimentos sociais, em defesa da Petrobras e do petróleo, com ênfase na luta para que os recursos da camada de pré-sal, recentemente descobertos, fiquem sob controle nacional e sejam utilizados para atender às demandas sociais do povo brasileiro.

De Brasília,Fernando Borgonovi

UJS tem participação destacada na 61ª Reunião Anual da SBPC

A frente de jovens cientistas da UJS participou ativamente das atividades da 61ª Reunião Anual da SBPC que aconteceram na última semana ( 12 a 17) em Manaus-AM. Além de contribuir com o debate realizado pela Fundação Maurício Grabois, a UJS filiou cerca de 300 jovens cientistas, com a continuação da campanha “Socialismo é Ciência”. Seu panfleto anunciava a construção de um novo amanhã, a partir da poesia “Venho armado de amor” do poeta amazonense Tiago de Mello e conclamava os jovens cientistas, presentes na reunião, a participarem dessa construção. A participação da militância secundarista amazonense foi decisiva para uma boa intervenção da entidade nesse que é o maior encontro dos jovens cientistas de todo o país.

Para Elisangela Lizardo, diretora de jovens cientistas da UJS e diretora da Associação Nacional de Pós-Graduandos, “essa foi sem dúvida a maior e a mais qualitativa atividade da União da Juventude Socialista na Reunião Anual da SBPC. Não à toa, dialogamos com centenas de jovens cientistas de todo o país.”

ANPG tem participação ativa na 61ª Reunião Anual da ANPG

A Associação Nacional de Pós-Graduandos participou ativamente das atividades da 61ª Reunião Anual da SBPC. Através da atuação de 3 diretores – Luisa Barbosa, Elisangela Lizardo e Fabio Plut; do presidente da ANPG, Hugo Valadares; e da comissão Pró-APG da UFAM, a ANPG, entidade representativa dos pós-graduandos brasileiros, teve participação destacada desde a abertura até a plenária final da Reunião.

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Movimento "Da Unidade" lança Augusto Chagas à presidência da UNE

Em reunião realizada nesta terça-feira (07/07), o movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade" decidiu lançar a candidatura de Augusto Chagas para presidir a União Nacional dos Estudantes pelo próximo biênio.

Aluno do curso de Sistemas de Informação da Universidade de São Paulo (Campus Leste), ele presidiu o Diretório Acadêmico da Unesp-Rio Claro e o DCE da UNESP/Fatec. Também foi presidente da União Estadual dos Estudantes de São Paulo por duas gestões.A opinião, definida após acurada análise dos avanços obtidos na atual gestão e projeção dos próximos desafios, foi encaminhada com unidade e agora deve circular o Brasil nas plenárias convocadas pelo movimento "Da Unidade" para o próximo final de semana.

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Com 79% dos votos, Flávia Calé é eleita nova presidente da UEE-RJ

Flávia Calé, diretora da UNE e estudante de história da UFRJ, foi eleita na tarde deste domingo a nova presidente da União Estadual dos Estudantes do Rio de Janeiro.

O Congresso foi realizado em Volta Redonda, conhecida como a cidade do aço por abrigar a Companhia Siderúrgica Nacional, e teve participação de doze correntes políticas organizadas no movimento estudantil fluminense.Para a disputa da diretoria, três chapas foram inscritas e todas atingiram o número de votos necessários para ingressar na executiva da entidade.

A vitoriosa reuniu militantes da UJS e estudantes independentes que se organizaram no movimento Da Unidade Vai Nascer a Novidade, além das correntes Kizomba (DS), Mutirão (JPL), CNB, Mudança, JS-PDT, JSB e JMDB, e obteve 255 votos, totalizando 82% dos delegados. A ampla chapa conquistou 14 das 17 diretorias que compõem a executiva da entidade.

União da Juventude Socialista repudia o golpe militar em Honduras

A UJS expressa seu repúdio ao golpe militar ocorrido em Honduras no último domingo, 28 de junho de 2009, que arrancou o presidente Manuel Zelaya de seu posto, e manifesta sua solidariedade ao povo daquele país.

O odioso movimento golpista vem na contra-mão da ampliação da democracia na América Latina e mereceu ampla condenação internacional. Leia íntegra da nota.Uma das marcas mais tristes do século XX na América Latina foram as ditaduras militares, instauradas a partir de golpes, mantidas com repressão e intolerância. Foram milhares de jovens, censurados, torturados, desaparecidos e mortos em defesa da independência nacional, pelo direito de lutar. A União da Juventude Socialista nasceu dessa luta pela redemocratização do nosso país e marcadamente nos identificamos com os jovens que tombaram combatendo no Araguaia.

Hoje, vivemos uma nova época, com mais direitos, mais condições para transformar a América Latina em um local melhor para viver. Em nome dos libertadores do nosso país e do nosso continente – Che, José Bonifácio, Osvaldão, Helenira Rezende e tantos outros -, não permitiremos que a violência e a intolerância voltem a calar a vontade do povo. Condenamos veemente o golpe sofrido pelo presidente hondurenho Manuel Zelaya. O seu “erro” foi promover uma consulta ao povo sobre a possibilidade de realização de uma nova constituinte. As mudanças constitucionais por meio de plebiscitos e referendos são muito importantes para a democracia, especialmente em países que tiveram suas histórias marcadas pela falta de participação popular. A Juventude brasileira não permitirá que o século 21 tenha a mesma marca.

Os tempos são outros, a América Latina não tolera mais a imposição e a repressão. Estamos nos tempos de aprofundar nas mudanças, nunca de retroceder, de superar a crise econômica mundial e redesenhar a geopolítica mundial, de integrar o continente e desenvolver as nações com soberania e sustentabilidade, com avanços civilizacionais. Toda a solidariedade ao povo hondurenho. Pela recondução do Presidente Zelaya para cumprir o que o povo determinou nas últimas eleições. Viva a unidade da América Latina.

União da Juventude Socialista