30 maio 2009

UNE defende reforma universitária em Fórum Nacional

A União Nacional dos Estudantes (UNE) participou do Fórum Nacional de Ensino Superior (FNES), que terminou nesta terça-feira (26), em Brasília (DF). O Fórum, aberto no domingo (24), foi convocado pelo Ministério da Educação (MEC) com o objetivo de reunir em um documento as principais diretrizes do país que serão debatidas na Conferência Mundial de Educação Superior, promovida pela Unesco, marcada para acontecer nos dias 6, 7 e 8 de julho deste ano, em Paris, França.

Entre as principais propostas que a entidade levou para o evento está o seu projeto de reforma universitária, que foi recentemente transformado em projeto de lei na Câmara dos Deputados. A proposta é baseada no Manifesto de Córdoba, de 1918, quando estudantes tomaram às ruas da cidade Argentina e conquistaram grandes vitórias na qualidade do ensino.

O movimento se espalhou por toda a América Latina e até hoje serve de base para as reformas universitárias. Os principais pontos da reforma são: a regulamentação do ensino superior privado no país e a não mercantilização do ensino.

A UNE também apresentou preocupação de não incluir o ensino entre nas diretrizes da Organização Mundial do Comércio (OMC) por não ser classificado como simples mercadoria. Como representante da Organização Continental Latino-Americana e Caribenha de Estudantes (OCLAE) no fórum, a entidade mostrou o documento final do encontro da Organização ocorrido em maio, em Cuba, em que as entidades nacionais de representação estudantil de toda a América Latina se reuniram numa plataforma única, que será levada à Conferência Mundial.

Brasil na Unesco

“Esse Fórum é muito importante, pois a Conferência Nacional de Educação só acontecerá em 2010. Dele sairão as propostas tanto para a Conferência Mundial como também para a Nacional de 2010, além da articulação para que o país tenha um candidato próprio para assumir a Unesco", ressalta Lúcia Stumpf, presidente da UNE, referindo-se ao fato de a Comissão de Relações Exteriores do governo ter desistido de indicar um dos dois brasileiros para a candidatura ao cargo e apoiado o ministro da Cultura do Egito, Farouk Hosni.

Os candidatos brasileiros eram o diretor-geral adjunto da organização internacional, Márcio Barbosa, e o senador Cristovam Buarque (PDT-DF). A UNE defende que a sociedade civil seja consultada pelo governo federal sobre a indicação desse representante.

De BrasíliaCom informações da UNE

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